Sem criar clima de animosidade com os oponentes na estreia da propaganda eleitoral para televisão, nesta quarta-feira (20), o candidato ao governo da Bahia Rui Costa (PT) fez questão de tomar para si a autoria das obras realizadas durante o governo do atual gestor Jaques Wagner (PT). Pouco propositivo, o programa retomou a biografia do postulante e sua conhecida estratégia de mostrar o seu passado de família humilde, como morador do bairro da Liberdade e filho de mãe doceira.
A primeira aparição do candidato, após depoimentos de baianos, aconteceu dentro da estrutura do metrô, orgulho dos petistas por “colocarem para andar” após 14 anos de construção. “Quero ser um novo governador, de uma nova Bahia”, enfatiza Rui um dos poucos depoimentos durante toda a propaganda. Não somente correligionários descreveram o postulante, a exemplo do senador Walter Pinheiro (PT) e o vice-governador da chapa, João Leão (PP), mas também seus próprios familiares.
O ex-presidente do Brasil e peça chave para transição de votos, Luiz Inácio Lula da Silva, além da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff, pediram votos para o postulante. Houve, também, a presença do governador da Bahia, ao qualificar seu apadrinhado como uma pessoa “jovem” e com “força jovem, energia jovem”. Após os diversos depoimentos de políticos e anônimos, o partido mostra obras e programas do governo petista na Bahia enquanto Rui Costa era secretário da Casa Civil; cinco novos hospitais, programa de acesso a águas, implantação do programa federal Minha Casa, Minha Vida, entre outros.
“Tá no ideal? Não. Mas ainda pode melhorar”, pontuou Costa. Nas últimas cenas da propaganda política, pessoas de baixa renda comentam o que seriam consequências do aumento da classe média durante a gestão do PT nos âmbitos federal e estadual, de “comprar uma moto” a “colocar um filho na faculdade”. No início, Costa fez uma ligeira homenagem ao presidenciável morto em acidente de avião na última quarta-feira (13), Eduardo Campos.